Por: ATTILA MATTOS
16/11/2024
11:12:35
ELIETE, SUA PETSHOP E SEU NENÉM
Aos poucos a moça foi se tornando importante na clínica e, anos depois, como os dois tinham casamentos falidos, acabaram por casar-se. A relação dos dois era admirada por todos, e depois de trabalhar muitos anos como auxiliar, enfermeira e gerente da clínica, Eliete resolveu montar uma empresa de banho e tosa. A coisa foi crescendo e Eliete só pensava em fazer aquilo. Em meio a esse projeto nasceu o filho do casal, o Pedrinho que passou a ser a alegria de todos. Mas Eliete parecia obcecada por seu trabalho; não respeitava hora de almoço nem hora de terminar o expediente.
Ela também não queria dividir o trabalho com outra profissional, desrrespeitando assim a regra básica que diz que é “dividindo que se multiplica”. Veloso reclamava que ela fedia a cachorro e os amigos recomendavam que ela contratasse alguém para fazer o trabalho pesado visto que o casal não necessitava de tal sacrifício pois o faturamento da clínica e o patrimônio adquirido por Veloso durante 35 anos de trabalho permitia que o casal tivesse uma vida tranquila. Veloso também sugeria que ela fizesse qualquer curso para seu crescimento intelectual já que Eliete era de origem humilde e teve pouca oportunidade de estudar. Veloso insistia que ele voltasse a psicoterapia pois já havia passado por quadro depressivo anteriormente, mas nada mudava a fixação da mulher pelo trabalho e o pior é que ela ainda colocava o neném perto da sala de tosa.
Um dia receberam a visita da Dra. Vânia, pediatra, que era cliente clínica, e esta assegurou que o neném estaria muito exposto a doenças com aquele contato muito próximo com os animais. O trabalho também tornava Eliete muito nervosa e estimulava a característica de “BRONCA” que ela tinha por origem familiar. Por mais que se falasse com ela sobre desenvolvimento intelectual, psicológico, espiritual e outros, ela não tomava atitude alguma e ainda debochava das sugestões. Achava-se espertíssima e não devia ouvir quem quer que seja.
Em um determinado momento, Pedrinho, o neném do casal, apareceu com uma doença de pele seguida de lesão pulmonar, visto que, tanto pele como pulmão, tem origem no mesmo folheto embrionário, o mesoderma. Certamente neném foi infectado por algum vírus, bactéria, fungo, protozoário ou parasita de origem dos animais (zoonoses: doenças dos animais transmissíveis ao homem). Logicamente que tudo isso destruiu o casamento além do grande prejuízo a saúde do pequeno Pedrinho.
Faço esse relato para alertar os profissionais da área de saúde, higiene e embelezamento animal, para que tomem as medidas de segurança necessárias para sua proteção e de seus familiares visto que os animais transmitem doenças ao homem. Por mais que amemos os animais precisamos respeitar a distância natural que temos deles. Aproveito também para fortalecer a sugestão dos mestres para que nos dediquemos ao estudo pois só assim podemos evoluir como seres inteligentes que somos.
Portanto caros leitores, é preciso amar os animais com responsabilidade!!!