Estamos sendo colocados a prova ao passarmos por situações como as vivenciadas recentemente, entretanto, elas nos aprimoram para o exercício da cidadania.  Precisamos ser mais do que fomos para que o país se torne melhor e mais justo.  Precisamos combater a inépcia do estado fiscalizando e cobrando cada vez mais  daqueles que se propuseram a nos representar, mas não é só isso. É fundamental  estarmos prontos para,  nós mesmos, tornarmos referências positivas. Já  que não podemos mudar o mundo, mudemos para melhor, é claro.

Percebe-se que os jovens vêm se organizando para operar mudanças significativas. Espero que tenham como objetivo transformar o Brasil em um país mais justo. As manifestações que foram feitas através da ocupação de escolas demonstra que a juventude não quer ser massa de manobra. Não devemos nos ater a forma, mas sim a essência do movimento que quer chamar a atenção de todos para a falência na área da educação. Logicamente o direito de ir e vir deve ser respeitado, mas quem conhece o dia a dia da escola pública sabe que ela se encontra sucateada por inúmeros motivos. Para que sejam corrigidas as sérias distorções que impedem avanços significativos no processo democrático, necessitamos de um ambiente acadêmico mais produtivo. 

Precisamos de lideranças positivas formadas, preferencialmente, em um local preparado para transformar, através do conhecimento, seres humanos em cidadãos plenos e cientes da sua importância para a sociedade. A democracia exige educação de qualidade, cultura ampla e pensamento crítico aguçado para consolidar-se efetivamente. A liberdade para sonhar todos os sonhos do mundo, realizá-los e,  se possível, ser feliz, não deve ser uma utopia, mas sim um objetivo  ser alcançado.