A fraqueza humana não resiste ao fundamentalismo que prega um mundo perfeito para aqueles que praticam a sua fé inconteste e esses valores religiosos possibilitam a redenção de pessoas comuns. Em nome de princípios, ações avassaladoras levam ao paraíso aqueles que se tornam soldados a serviço da fé. Matar os inimigos de suas crenças  torna-se um ato heroico e o “rebanho” é transformado em um poderoso exército a serviço de interpretações duvidosas de líderes que exercem seus poderes unicamente para o mal. 

Não podemos admitir a dominação através do medo. A “guerra santa” está declarada há muito tempo! O poder obtido através da religião é absurdo e difícil de ser combatido. Um “deus” é perfeito e inquestionável e os seguidores extremados dão suas vidas a causas descabidas. O conflito é globalizado. Não se trata de um espaço delimitado, a questão transcende ao mundo terreno e evoca a eterna salvação. 

Vamos admitir que qualquer crença exacerbada pode levar a ações descabidas. Vemos isso até em paixões clubísticas ou partidárias, por exemplo. A cegueira imposta por um sentimento, que beira a irracionalidade, produz, em qualquer área, efeitos danosos a sociedade. Culpar a religião jamais, é necessário combater as pessoas de carne e osso que assumem “palavras divinas” e as utilizam para semear o pior da maldade. Estamos vivendo um conflito mundial que pode resultar numa mortandade maior do que a provocada por todas as guerras ocorridas até hoje. Não existe santidade em nenhum confronto bélico, somos, todos nós, de alguma forma, vítimas em potencial!