Por: AYRTON DIAS
15/01/2023
09:45:06
RÔ
Qual seu time?
- Fui Flamengo ( influência do bairro onde cresci , dos amigos, do pai) mas depois de 2 namorados botafoguenses e casada anos com um botafoguense “doente” me converti).
Qual seu prato favorito?
- Qualquer prato “molhado”. Adoro molhos ( strogonoff, filé com gorgonzola , frango ao molho pardo, moqueca, camarão a baiana , etc…)
Qual sua bebida predileta?
- Vinho (qualquer cor: tinto, branco, rosé).
Lazer preferido?
- Viajar !! De preferência países que falem outros idiomas (nordestinos pra mim, fala um português tão difícil, que parece outro idioma, gosto demais das praias do nordeste).
Nome da empresa, quando foi fundada?
- Restaurante Viva Rô, fundado em 29/04/97.
Como tudo começou?
- Começou depois de eu gerenciar por 2 anos e 4 meses o Bräun & Bräun ( patrão só vinha de 15/15 pra ver se estava tudo ok ! ) aí senti segurança para abrir meu próprio boteco ( nem pensava que se tornaria um restaurante, não tinha cozinheiro, ainda ).
Qual o grande diferencial da sua empresa no mercado?
- O diferencial, foi a chegada do Harald , que se tornou marido/sócio ( 8 meses depois que eu abri , quando eu já estava quase falindo, os clientes/amigos bar Viva Rô , não pagavam , era tudo fiado , um fiasco minha administração, tínhamos música ao vivo, muita bebida, petiscos , gente a beça,
mas pagar que é bom…)
Harald cozinha muito bem , formou ótima equipe, colocou ordem na casa, e cá estamos !!
Como empresária como percebe o atual momento?
- O ano passado até meados desse ano, tivemos de nos reinventar com o delivery (que correspondia 5% do nosso movimento). Mas a gente sempre aprende (precisamos aprender pra sobreviver). Nos adaptamos ao delivery, procuramos fazer pratos que “viajassem” bem. Caprichamos nas embalagens. Trabalhamos com moto boy próprio. Tomamos todas as medidas de
segurança. Seguimos os protocolos (adaptamos o restaurante para estarmos dentro das normas, nos preocupamos com os clientes, mas conosco tb: nós nem nossos colaboradores pegaram o vírus. Desde o início da pandemia, Março de 2020, que decidimos por não mais abrir para jantar (só abríamos as sextas e sábados.
Planos para o futuro?
- Já estamos caminhando para a aposentadoria (Harald tem 45 como cozinheiro, eu 35 como garçonete). A pandemia veio para nos mostrar que estava na hora de diminuir o ritmo. Meu sogro faleceu com 89 anos produzindo os defumados e embutidos na garagem da casa dele - vendendo para nós e amigos. Esse é nosso desejo.
Não sei até quando o Viva Rô ficará com as portas abertas ( quem sabe apareça alguém que queira dar continuidade? ) e nós faremos como o velho Riedmann: produzir e vender para os amigos.
Alguma mensagem?
- O importante é saber que tudo tem um início, meio e fim. Temos que estar sempre atento, sempre preparados para aceitar isso. Um ciclo acaba, outro inicia. Somos muitos apegados a nossos sonhos, nossas memórias, nossos hábitos. Mas a mudança não implica em perda ou renúncia - a cobra permanece viva e renovada a cada troca de pele né? Quem sabe um mundo novo não traz pra nós novos significados, novos desejos, novas conquistas?