Por: GRACIE GROCE
01/08/2024
13:15:21
INSTITUTO ALBATROZ RECEBE AVE COM ANILHA DE IDENTIFICAÇÃO DO MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA NATURAL, NA FRANÇA
A anilha DZ29400, vinculada ao museu francês, indica que esta pardela tem uma conexão com programas de pesquisa dos territórios franceses na região subantártica, o que evidencia a grande capacidade de deslocamento dessas aves e enfatiza a importância de programas globais de conservação, que abranjam a ampla distribuição destes animais incríveis. Ao chegar ao Centro de Reabilitação, o animal apresentava magreza e exaustão. Tais sinais são indicativos de desgaste físico severo e possíveis complicações parasitárias, comuns em aves migratórias que enfrentam longas jornadas e estão expostas a diferentes ambientes e estressores ecológicos.
A avaliação e o tratamento da ave fazem parte das atividades desenvolvidas pelo Instituto Albatroz dentro do Programa de Monitoramento de Praias (PMP). O Instituto Albatroz executa o programa em uma área que abrange 25 praias nos municípios de Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios, somando 54 quilômetros de faixa de areia monitorados. Nos trechos, as aves marinhas e as tartarugas encontradas encalhadas são encaminhadas ao CRD. A população também pode participar, acionando as equipes de monitoramento ao avistar um animal marinho vivo ou morto nas praias, através do telefone 0800 991 4800. A realização do PMP-BC/ES é uma exigência do licenciamento ambiental federal para atividades de petróleo e gás, conduzido pelo Ibama.
Sobre a Pardela-Preta
A Pardela-preta (Procellaria aequinoctialis) é uma das espécies de Procellariiformes, ordem dos albatrozes e petréis, mais comuns que ocorrem no Brasil. A espécie, que é classificada como Vulnerável ao risco de extinção, interage também com pescarias de linha e anzol em suas áreas de distribuição, é objeto de pesquisa e de ações de conservação do Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Com uma plumagem de coloração preta, exceto pelo “queixo” branco, característico da espécie, e bico amarelado robusto, as Pardelas-pretas agrupam-se em grandes colônias em ilhas oceânicas na região subantártica durante a época de reprodução, onde destacam-se as ilhas Geórgia do Sul, Crozet e Marion (que são territórios franceses), e Kerguelen. Além disso, podem ser encontradas reproduzindo nas ilhas Malvinas, Campbell, entre outras. .
Possuem uma dieta oportunista, buscando alimento em regiões próximas das colônias durante seu período reprodutivo, e aumentando suas áreas de ocorrência fora dele, quando exploram áreas mais distantes, como águas adjacentes à América do Sul, África e Austrália. Nestas regiões, alimentam-se de peixes, lulas e crustáceos, além de aproveitar o descarte de embarcações pesqueiras.
Projeto de Monitoramento de Praias
O Instituto Albatroz, que conta com um Centro de Visitação em Cabo Frio, executa o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Petrobras em Cabo Frio, Búzios e parte de Arraial do Cabo, somando 25 praias espalhadas por 54 quilômetros de litoral. O monitoramento é feito diariamente a pé e em quadriciclos por técnicos e monitores.
O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) é desenvolvido em atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da PETROBRAS de produção e escoamento de petróleo e gás natural. A realização do PMP-BC/ES é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama.
Sobre o Instituto Albatroz
O Instituto Albatroz é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que desde 2003 trabalha em parceria com o poder público, empresas pesqueiras e pescadores para a conservação de albatrozes e petréis que se alimentam em águas brasileiras. O Instituto Albatroz coordena o Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, que conta com bases em Cabo Frio (desde 2014), Santos (SP), Itajaí e Florianópolis (SC) e Rio Grande (RS).
Telefone de contato para acionamento do PMP-BC/ES na Região dos Lagos: 0800 991 4800