
Por: ATTILA MATTOS
01/10/2023
13:09:44
O CANSAÇO DE ASDRUBAL

Na juventude, envolvido com as questões ambientais e muito
estimulado pelo desgosto que todos nós tivemos com a poluição da baía de
Guanabara, isto é, as nossas praias da infância ficaram podres, Dubinha, assim
como eu, decidiu optar por profissão ligada ao campo com fins de se afastar
também da imundice que se tornaram os bairros onde fomos criados. Escolhi
Medicina Veterinária, e ele Engenharia Agronômica. Eu estudei na Universidade
Federal Fluminense e meu amigo na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Depois do vestibular nos afastamos, mas sempre mantivemos contato por telefone
ou carta. Nas festas de fim de ano nos encontrávamos no Rio para passar o natal
e o reveillon com nossos respectivos parentes, visto que me estabeleci em Nova
Friburgo e Dubinha no sul da Bahia. Nesses encontros ainda batíamos uma
peladinha de veteranos no Aterro onde Dubinha se mostrava dentro do campo o
mesmo voluntarioso de sempre, apesar da barriga de cerveja que adquiriu assim
como a maioria de nós. Depois da pelada, íamos para o chopp como sempre
fizemos.
Num desses
encontros natalinos, achei Dubinha mais magro, um pouco cansado e por vezes
mostrava tosse. Perguntei se estava doente devido aos sintomas que apresentava
e ele me respondeu que achava que era estresse pois andava trabalhando muito.
Nos meses seguintes acompanhei à distância o grave quadro de tuberculose
zoonótica que acometeu meu amigo de infância. Sofreu com a doença e com o
tratamento pesado. Passado o risco de morte, ficaram as sequelas pulmonares; os
cistos calcificados no pulmão que reduzem a capacidade respiratória por
reduzirem o campo de funcionamento do órgão. Daí em diante o futebol acabou
para ele.
A tuberculose é a segunda causa de morte no homem por doença
infecciosa, só perdendo para AIDS, sendo que a tuberculose zoonótica é aquela
transmitida ao homem por animais. Certamente que Dubinha contraiu a doença no
seu trabalho profissional de Agrônomo, no contato com secreções de animais em
pastos, pela ingestão de leite cru ou carne mal passada.
O relato acima
visa alertar que os animais podem transmitir tuberculose ao homem, inclusive os
cães. Portanto, é preciso manter nossos animais em condições
higiênico-sanitárias adequadas e seguir as medidas preventivas indicadas pelo
Médico Veterinário tais como imunizações, vermifugações e outras, para podermos
nos relacionar com segurança com esses indivíduos que são nossos parceiros de
convivência no Planeta Terra.
ENFIM, CAROS
LEITORES, É PRECISO AMAR OS ANIMAIS COM RESPONSABILIDADE!!!
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ELE SABE QUE FEZ ERRADO?
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![COMO IDENTIFICAR UMA CACHAÇA DE QUALIDADE]](img/posts/thumbs/11093.png)
COMO IDENTIFICAR UMA CACHAÇA DE QUALIDADE]
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BÚZIOS, SIMPLESMENTE
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ROBERTO, SUA CACHORRADA E A LEPTOSPIROSE
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OITO HÁBITOS BONS QUE PODEM MELHORAR MUITO (...)
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