Por: LARISSA VENTURA - JORNALISTA, RADIALISTA E PRODUTORA DE CONTEÚDO, APAIXONADA POR CULTURA, TURISMO E PELO RIO ( DIÃRIO DO RIO.COM)
22/02/2021
01:23:14
APESAR DE SINAIS DE QUEDA, MERCADO IMOBILIÃRIO MOSTRA REAQUECIMENTO
Seu imóvel dos sonhos pode estar aqui
De acordo com dados, analisados pelo Instituto
Rio21, em comparação com 2019, a capital fluminense teve queda
de 10% em compras e vendas em 2020. Essa foi a maior queda na cidade desde
2014. Entretanto, segundo a superintendente de vendas da Sérgio
Castro Imóveis, Lucy Dobbin, esse número não é tão
significativo quando se leva em conta os transtornos causados pela pandemia.
Ela destaca ainda como os profissionais do setor enfrentaram as dificuldades
para se adaptar.
“Os profissionais da corretagem
precisaram se adaptar, por exemplo, ao regime home office, driblar as
dificuldade de conseguir que os proprietários permitissem visitação de clientes
no imóvel, e outros impasses. De outro lado tivemos muitos clientes com grande
necessidade de venda, e outros, ao contrário, tirando seus imóveis do mercado
por não estarem certos de que seria o momento de negociá-los. Somente de julho
em diante, os negócios retornaram com mais força. Logo, esta queda de 10%
nas vendas, não é tão significativa perto dos transtornos e reflexos na
economia que a pandemia provocouâ€, ela destacou.
Reforçando o que disse Lucy Dobbin, os dados apontam que de
novembro para dezembro, no ano passado, houve uma alta de 6,2% nas vendas de
imóveis. Isso mostra, mais uma vez, o mercado imobiliário se recuperando dos
fortes impactos da pandemia. Dobbin acredita que o aumento se deva às pessoas
retomando as atividades, mesmo que ainda temerosas.
“Não acredito que isso possa ser
reputado à “demanda reprimidaâ€, e sim à necessidade de venda de alguns
proprietários, o ânimo de realizar negócios de outros e, principalmente em
razão das pessoas terem, muitas temerosas ainda, mas a grande maioria retomou
suas atividades e ritmo de vida próximo a normalidade, próximo a vida
antes da pandemiaâ€, explicou.
Com o cenário de retomada e com os devidos investimentos, Dobbin
acredita no reaquecimento econômico do Rio de Janeiro: “Acredito bastante que com uma
boa gestão, com os investimentos previstos em infraestrutura e turismo, a
revitalização do Centro do Rio de Janeiro, com lançamento de unidades
residenciais menores e bem localizadas, haverá o reaquecimento econômico e a
Cidade Maravilhosa se recuperará, voltando a liderar a lista das cidades mais
procuradas do Brasil para se investirâ€.
Transferências
Por transferência, no caso de mercado imobiliário, entende-se
alteração de proprietário, ou seja, o imóvel sai do nome de um e vai para o
nome de outro proprietário. Isso acontece por diversos motivos. Pode ser por
compra e venda, por partilha ou adjudicação, em razão de falecimento, partilha
de bens por separação, cessão de direitos, adjudicação por dÃvida a um credor,
entre outros.
Em 2020, o Rio também apresentou queda no número de
transferências, segundo os dados do Instituto Rio 21. Foram
13,6% a menos que em 2019. Comparado a outras grandes cidades do paÃs (São
Paulo, Guarulhos, Campinas, Joinville, Florianópolis, Curitiba e Salvador),
essa queda foi bem grande. Dobbin também explica o que acredita ter causado
essa queda, tanto nas transferências quanto na compra e venda:
“No Brasil, o FipeZap aponta o
Rio de Janeiro como o metro quadrado mais caro do paÃs, seguido de São Paulo e
BrasÃlia, respectivamente. Portanto, não surpreende o volume de vendas de
imóveis, em 2020, ser menor que em outros estados. E ainda temos que considerar
que o Rio de Janeiro veio sofrendo bastante com a falta de investimentos e com
a crise econômica que atingiu de forma desastrosa boa parcela dos compradores.
Um cenário que desmotivou o investidorâ€, explicou.