Por: MARCOS LOPES - INFOMONEY
07/02/2021
12:30:04
POR QUE O MERCADO IMOBILIÃRIO PODE SE TORNAR MAIS DEMOCRÃTICO
Seu imóvel dos sonhos pode estar aqui
O home-office não é algo novo, claro, mas o
coronavÃrus levou empresas que nunca tinham cogitado esse sistema a
adotá-lo.
Ainda que a vida no escritório seja importante, que
o contato pessoal seja necessário, ficou evidente que há vantagens no
home-office, como a economia de tempo e o fim das viagens desnecessárias que
aconteciam simplesmente por hábito.
Acredito que deveremos ter um modelo mais flexÃvel
de trabalho daqui para a frente. Isso tem um impacto relevante no mercado
imobiliário.
As
pessoas estão valorizando mais os espaços onde vivem porque passam mais tempo
neles.
Quem tem condições financeiras está comprando
imóveis maiores e casas – a busca por casas nos nossos sistemas de venda de
imóveis aumentou 217% de fevereiro a novembro de 2020. A procura por imóveis no
interior também disparou.
Além disso, os projetos imobiliários passaram por
uma revisão. Os prédios de apartamentos menores começaram a oferecer salas que
podem ser usadas como escritórios nas áreas comuns, para os moradores
trabalharem com menos interferência. O que ajuda a resolver a vida de quem não
tem condições de se mudar para um lugar maior.
Também vejo o mercado imobiliário se tornando mais
democrático e inclusivo.
Localização sempre será algo valorizado nesse
setor: é impossÃvel, por exemplo, replicar um apartamento localizado bem de
frente para o mar ou para um parque, com vista privilegiada. Por isso, seu
preço sempre será maior do que o de um imóvel que fica a algumas quadras dali.
Mas
a ampliação do home-office está tornando possÃvel – e até atraente – morar em
regiões mais afastadas dos bairros centrais, ou mesmo dos grandes centros
urbanos.
Muitas pessoas podem abrir mão de localização e,
com isso, conseguem comprar imóveis pagando preços que cabem em seus
orçamentos.
A queda dos juros, que estão em nÃveis historicamente
baixos no Brasil, também tem desempenhado um papel relevante ao permitir que
mais pessoas comprem um imóvel.
A renda necessária para fazer um financeiro
imobiliário e comprar um apartamento de 90 metros quadrados há dois anos era
50% maior do que a exigida hoje. As taxas mais baixas compensaram o
estrangulamento da massa salarial gerado pelo desemprego.
Se as condições macro permitirem e os juros
continuarem baixos num ambiente de recuperação econômica, teremos condições de
ver um mercado imobiliário extremamente pujante, com o progressivo aumento da
base de possÃveis compradores.â€
depoimento a Giuliana Napolitano