ATTILA MATTOS
ATTILA MATTOS
Nascido em Niterói, Attila Pereira Gomes de Mattos Neto (63 anos) fez a opção por se estabelecer em Nova Friburgo. Apaixonado pelo município, ele é proprietário da tradicional Veterinária Mury, localizada no 8º distrito friburguense. Há 40 anos no mercado, Attila aborda em sua Coluna questões relacionadas a saúde animal e zoonoses. “Desejo que minha participação seja útil na manutenção da saúde dos animais que são nossos companheiros nessa viagem que fazemos na Terra através do universo. Desejo ser útil também na prevenção das doenças dos homens que são transmitidas pelos animais (zoonoses)”.

Por: ATTILA MATTOS

04/06/2023

11:24:58

AILTON, SEU CÃO LICO E A ALEGRIA DE VIVER

Os animais e saúde mental do homem!
AILTON, SEU CÃO LICO E A ALEGRIA DE VIVER
Aílton nasceu e teve sua infância na região da grande Tijuca no Rio de Janeiro. Formou-se em direito, passou num concurso para um bom cargo do governo e também advogou num escritório particular, tornando-se assim um homem bem sucedido. Moreno, alto e com aquela malandragem do carioca, o jovem advogado era galanteador e conquistador, arrebatando os corações das moças e senhoras da região onde trabalhava e morava. Sempre bem vestido, fazia sucesso nas festas e bailes nas décadas de 50, 60 e 70. Depois casou, foi pai de um único filho e, enfim, teve uma vida bem feliz.

      Mas a vida foi passando, a idade avançando e Aílton, sabe-se lá porque, começou a apresentar um quadro de depressão.  O pai de Aílton tinha um sítio aqui em Friburgo que ele sempre curtiu muito durante toda a vida e, nesse momento de dor que a doença promove, já aposentado, ele decidiu refugiar-se na tal propriedade paradisíaca às margens do Rio Bonito. Mas é claro que o isolamento não resolveu o quadro depressivo e talvez até tenha piorado a condição, o que gerava uma imensa preocupação para seu filho e sua esposa que ficaram no Rio. Ambos faziam visitas, mas não podiam permanecer com ele visto que tinham seus compromissos na capital do estado. A situação foi se agravando até que um dia ao despertar, Aílton ouviu um gemido no quintal e, quando foi averiguar, descobriu que tinham posto um filhote de cão em frente ao seu portão. Aílton entrou em estado de torpôr, mas não podia abandonar aquela pequena criatura indefesa. Chamou o empregado do sítio para ajudar-lo e, naquele momento, adotou o animalzinho para sempre.

      Desse dia em diante sua vida se transformou. Ligou imediatamente para a esposa e o filho para narrar o fato, e logo na primeira semana chamou o veterinário, que era eu, para vacina e cuidados pediátricos com o filhote. No mesmo dia escolheu o nome de Lico para o filhote e cercou-lhe de todos os cuidados de forma que depois de meses o cão estava grande e belíssimo.  Lico passou a ser seu companheirão nas caminhadas pelo sítio e banhos de rio. Na varanda de sua casa de onde se avista o encontro do córrego do macuco com o rio bonito, Lico acompanhava Aílton durante suas leituras. A companhia de Lico fez Aílton esquecer a depressão para sempre e devolveu-lhe a alegria de viver. A mudança no estado de humor de Aílton era perceptível e admirada por todos. A resposta afetiva do animal aos cuidados e carinhos de seu dono também eram impressionantes.

     Ainda hoje, depois de mais de dez anos, ainda atendo Lico como Médico Veterinário, e compartilho da amizade de ambos.  O cão está bem velhinho, mas ainda os vejo vez por outra naquela varanda, Lico deitado e Aíton lendo e fumando seu cachimbo. Acho que nunca esquecerei essa cena.         

 A estória de Aílton e Lico é bem característica da influência dos animais na estabilidade emocional e na condição de bem estar e felicidade do ser humano. Isso é óbvio, e só não enxerga quem não quer admitir as nossas carências, dores e necessidades mais íntimas. Como escreveu Divaldo Franco na sua poesia de agradecimento: “ Agradeço a Deus por ter me dado um cão porque é muito triste viver na solidão.”

ENFIM, CAROS LEITORES, É PRECISO AMAR OS ANIMAIS COM RESPONSABILIDADE.

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